Museu Vivo terá bolinho caipira, instrumentos de percussão e música

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Mesmo com toda a modernidade que vivenciamos diariamente, a sabedoria popular é algo que, de alguma forma, está presente em nossas vidas, passando de geração em geração. A constatação desta realidade está nas palavras da joseense Marise Cristina S. Batista, 61 anos, que no domingo (19) participará de uma nova edição do programa Museu Vivo, realizado pelo Museu do Folclore de São José dos Campos.

 

Marise vai fazer bolinho caipira

“Essa sabedoria já é de família. Desde pequena eu ajudava minha mãe a fazer bolinho caipira, mas acabei aprendendo mesmo com a minha sogra, que fazia para festas e quermesses. Minhas tias também fazem e, hoje, minhas duas filhas já aprenderam”, conta Marise. Além dela, dois outros representantes da cultura popular regional participarão do encontro.

 

Artesanato

 

No artesanato, a sabedoria será compartilhada pelo campineiro Marco Antonio da Costa Orokzala, 52 anos, que faz diferentes instrumentos de percussão, como tambores, atabaque, engoma, tambor de crioula, tambores de aço, berimbau, agbe e xerquerê. Ele conta que seu pai sempre tocou instrumentos como viola, violão e também construía tambores.

 

“Meu aprendizado sempre foi por meio da oralidade, no dia-a-dia. A transmissão começou no meu bisavô, que passou para meu avô, depois para meu pai, até chegar em mim. Além deles, também tem o mestre Didi, da Bahia, com quem aprendi muita coisa. Hoje, eu compartilho esses saberes som meus filhos”, afirma Orokzala.

 

Segundo ele, a música e os instrumentos são profundamente interligados com os toques tradicionais de matriz afro-brasileira e a sabedoria dos Orixás. “O tambor tem vida própria, ele faz a ligação com o plano espiritual. É muito importante aprender os fundamentos e tocar com cuidado e respeito”, ressalta Orokzala.

 

Música

 

Roberlei (à direita) e Ramiro

Para completar o grupo de fazedores deste domingo, a música ficará por conta do paranaense Roberlei Turíbio, 58 anos, violeiro, cantor e compositor de canções sertanejas. Ele conta que chegou a São José aos 12 anos de idade e já trabalhou em posto de combustíveis, limpando carros, comércio de veículos e até locutor de rádio.

 

Sua primeira composição ganhou o nome de Mobilete, em homenagem à prima Janete, que namorou no Paraná. Formou dupla com o compadre Ramiro, com quem gravou muitas composições e se apresentou em programas de tv. Ao longo dos seus 25 anos de carreira, cantou com outros profissionais e ganhou alguns festivais.

 

Programa e gestão

 

O programa Museu Vivo reúne representantes da cultura popular regional durante encontros que acontecem, pelo menos, duas vezes por mês, sempre aos domingos à tarde, das 14h às 17h, na área externa do Museu do Folclore. A atividade é aberta ao público, que pode vivenciar saberes nas áreas do artesanato, culinária e música.

 

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo instalado no Parque da Cidade, desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos criada em 1998, com sede em São José dos Campos.

 

Museu do Folclore de SJC

Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)

(12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354

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