Origem mineira de Belo Horizonte, memórias cariocas e coração joseense. Este é o perfil da educadora Adriana Soares, uma das participantes para o Museu Vivo deste domingo (21), no Museu do Folclore de São José dos Campos. Adriana também é arte terapeuta, contadora de histórias, escritora de livros infantis e brincante.
As brincadeiras sempre fizeram parte da vida de Adriana. “Fui brincante durante a infância num subúrbio carioca, correndo descalço e vivenciando jogos e brincadeiras de rua. Fui brincante durante a infância dos meus seis filhos, para educar na relevância do coletivo”, enfatiza Adriana.
Com 8 meses de idade, Adriana foi morar no Rio de Janeiro, onde ficou até 2000. Depois de 7 anos morando no interior de Minas Gerais, veio para São José dos Campos, onde está até hoje. Tem 6 filhos, 2 deles nascidos na cidade.
Brincadeiras tradicionais
As brincadeiras tradicionais são rítmicas e, quase sempre, acompanhadas de cantoria. “Elas surgiram na minha vida a partir do resgate da cultura tradicional, onde a voz e os movimentos se transformam em brinquedo, ocupando o tempo e os espaços possíveis.
“No jogo se aprende o respeito pelo outro. Nas brincadeiras colecionamos memórias de afeto, de relações humanas, de momentos de reinações da alegria. Na minha trajetória de professora, os jogos e brincadeiras sempre estiveram presentes. Brincando também se aprende”, ressalta a educadora.
Brinquedos de madeira
O alagoano Edvaldo Ferreira Santos traz viva na memória a lembrança de menino, que adorava brincar com os carrinhos de lata feitos pelo avô, que tanto o inspirou. Com 10 anos começou a fazer seus próprios carrinhos e, com o tempo, se aperfeiçoou e passou a fazer também de madeira.
Edvaldo se sente feliz e satisfeito com seu saber e, imerso em seus afazeres manuais, volta a ser criança, pois o próprio fazer tornou-se brincar. Ele mora em São José desde 1975 e participou da fundação do bairro Jardim das Cerejeiras, onde mora até hoje.
Pipoca
E para completar o domingo de brinquedos e brincadeiras, nada melhor do que uma pipoca para garantir a diversão. A guloseima será preparada pelo paraibano José Antoniel Pinheiro, pipoqueiro de mão cheia e bastante conhecido na região norte da cidade.
José Antoniel mora em São José dos Campos desde os 9 anos de idade. Trabalha há 35 anos com algodão doce em festas e eventos; e há 29 anos com pipoca. Antes disso, trabalhou como jardineiro e também fazendo e vendendo sorvetes.
Gestão
O Museu do Folclore de São José dos Campos é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
- Museu do Folclore de SJC
- Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
- (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354