Museu Vivo reúne fazedores para celebrar o Carnaval mais uma vez

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A artista popular Eunice Coppi, 63 anos, (à esquerda, na foto maior) é uma das convidadas do Museu Vivo deste domingo (12), das 14h às 17h, no Museu do Folclore de São José dos Campos que, mais uma vez, celebrará o Carnaval.

 

Eunice compartilhará sua sabedoria sobre a técnica de empapelamento (com papel e goma), que utiliza na criação das suas figuras, muitas delas ligadas ao Carnaval, manifestação muito presente em sua vida e sua arte.

 

Outra atração é o músico joseense Nilton Aparecido Barbosa, conhecido como Nilton Blau, 58 anos, e o grupo Cabelo de Milho. Blau estava programado para domingo passado, mas por um problema particular não pode comparecer.

 

Para completar, a baiana Joana Cavalcante, 56 anos, compartilhará sua receita de cuscuz de tapioca, que sabe fazer como ninguém.

 

Empapelamento

 

Além da vivência, Eunice também irá expor algumas peças relativas ao Carnaval, inspiradas no bloco Pirô Piraquara, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo. “Eu aprendi a técnica de empapelamento no Grupo Piraquara e o bloco foi minha inspiração”, afirma.

 

Eunice é mineira de Sabará e mora em São José dos Campos desde os 12 anos. Seu trabalho possui uma forte relação com a infância vivida em Minas Gerais e suas raízes afro-brasileiras. Sempre foi criativa e, quando criança, produzia os próprios brinquedos.

 

Vivência musical

 

Blau nasceu e cresceu ‘respirando’ cultura. Seu pai, Vicente Claudino Barbosa, era ator, poeta, violeiro, compositor e radialista. Foi com ele que Blau aprendeu a tocar viola. Com a avó, que morava em Paraisópolis, ele vivenciou cultura popular e religiosidade.

 

Relembrou das vivências na casa da avó e arrumou tempo para estudar música e outros instrumentos. E foi por meio desta escola que se aproximou do Grupo Piraquara, da Fundação Cultural, do qual passou a fazer parte depois.

 

Blau também compôs os hinos de alguns blocos de Carnaval de São José dos Campos, como Pirô Piraquara, ‘Em Cuba lá’ e Galinha d’Angola. No domingo, vai comandar uma vivência musical sobre o Carnaval.

 

Cuscuz de tapioca

 

Joana veio de Irecê com os dois filhos para morar com o marido, que já estava na região desde da década de 90. Ela conta que aprendeu a fazer tapioca com a sua mãe, quando ainda era pequena.

 

“Eu ficava olhando como ela fazia e aos poucos fui aprendendo”, diz Joana. Em Irecê (BA), ajudava o pai na roça, desde o plantio até a feitura da farinha e da tapioca (polvilho).

 

Gestão

 

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

Museu do Folclore de SJC

Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)

(12) 3924-7318 e 123924-7354

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