‘Museu Vivo’ volta a ter atividade domingo (1º)

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Foto: Chico Abelha
Zé da Sanfona (à direita), com seus companheiros Dalvito (ao centro) e Zé Carlos

O Museu do Folclore de São José dos Campos volta a reunir neste domingo (1º) três ‘fazedores’ da cultura popular local, que mostrarão um pouco da sua sabedoria no artesanato, na culinária e na música. A atividade é aberta ao público e acontece entre 14h e 17h, como parte do Projeto Museu Vivo, que é uma extensão da exposição permanente do Museu do Folclore.

Um dos ‘fazedores’ convidados é Lúcio Mauriz (53 anos), nascido em São Paulo. Atualmente prepara jantares sob encomenda e também trabalha como decorador, mas é na culinária que ele se realiza. Tudo o que sabe fazer nesta área aprendeu na fazenda dos avós, em Salesópolis (SP), onde passava suas férias. No ‘Museu Vivo’ de domingo ele vai preparar um bolo de fubá que aprendeu a fazer com sua avó.

Lúcio Mariz no fogão de lenha fazendo o que mais gosta

Culinária

Lúcio conta que participava do abate de porco e galinhas, da colheita do milho e da abóbora; e também ajudava a fazer todo tipo de comida no fogão de lenha, apesar disso ser um trabalho mais das meninas. Como não tinham energia elétrica na casa, guardavam a comida em potes de vidro e os colocava numa pequena piscina de água corrente que ficava no meio da cozinha.

Artesanato

Foto: Fábio Bueno
Almerinda com seus trabalhos

Na área do artesanato, a convidada é Almerinda Silva Albuquerque (47 anos), mais conhecida por Meca. Ela nasceu em Teresina, mas desde cedo foi morar em Bacabal, no Maranhão. Chegou a São José dos Campos há vinte anos e atualmente mora no Jardim São José II, região leste cidade.

Almerinda conta que aprendeu a fazer este tipo de artesanato na rua, com outras pessoas, mas quando era pequena observava a mãe costurar e fazer fuxico. Foi daí que ‘pegou o gosto’ pela atividade. No domingo Meca vai mostrar ao público presente sua sabedoria ao fazer fuxico.

Música

Os amigos José Batista, Dalvo Cândido da Mota e José Carlos da Silva têm algo em comum, além de serem pedreiros: o gosto pela música tradicional caipira, que contribuiu para que eles formassem um grupo, ainda sem nome, mas que já lhes rendeu os apelidos de Zé da Sanfona, Dalvito e Zé Carlos, respectivamente.

O repertório escolhido por eles tem uma preocupação ecológica, a qual entendem estar atrelada à preservação da tradição. Por isso as composições do grupo falam de rios e matas destruídos pelo progresso. Domingo eles vão mostrar um pouco deste saber, com Zé da Sanfona no violão, Dalvito na sanfona e Zé Carlos no baixo elétrico.

 

Museu do Folclore: Avenida Olivo Gomes, 100, Parque da Cidade, Santana. Informações: 3924-7318.

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