Desde pequena eu fazia o bolinho de polvilho frito com ela e foi assim que aprendi a receita, que já é uma tradição na família. Todos adoravam quando nos reuníamos após o almoço para ajudar ela a fazer o bolinho. Para domingo estou convidando minha mãe, meus tios e primos”. A lembrança é da artista joseense Poliana Fernandes de Oliveira Camargo, 37 anos, numa referência a avó Maria Aparecida Fernandes (a vó Cota).
Poliana conta que sua mãe e ela moraram por muito tempo com sua avó, em Santana e no Jardim Telespark, bairros da região norte. “Minha vó aprendeu a fazer este bolinho com minha bisavó. Na roça este bolinho era muito apreciado. Eu amava os momentos que passava com ela, eramos muito cúmplices”, afirma Poliana.
Ao lado de outros convidados, Poliana Fernandes participa, neste domingo (24), de mais uma edição do projeto Museu Vivo, do Museu do Folclore de São José dos Campos. A atividade acontece aos domingos à tarde no lado externo do museu, reunindo representantes da cultura popular regional, nas áreas de artesanato, culinária e música. O encontro é aberto ao público.
Artesanato
Além da culinária, a mineira Maria José de Oliveira, 75 anos, também é conhecida por ser figureira. Ela conta que começou a desenvolver a arte de fazer figuras de barro aos seis de idade e até hoje tem muito carinho por este trabalho. “Quando eu era criança ficava admirada com as peças do presépio da minha avó, aí passei a fazer minhas primeiras figuras e não parei mais”, conta Maria José.
Maria José lembra que quando morava na roça, precisava fazer seus próprios brinquedos. “Naquela época não tinha brinquedo, mas a gente inventava. Como onde a gente morava tinha muita argila, passei a fazer figuras dos bichos que tinha por lá, porco, vaca, galinha, cavalo. Com isso passei a ter uma verdadeira fazendinha”.
Música
Na área musical, a convidada é Nilza Silva Lessa, 72 anos, que mostrará seu saber ao lado do marido, Agenor Lessa, e do seu irmão, Mario Silva. Eles são conhecedores da música sertaneja ‘de raiz’ e prometem colocar todos para cantar. Nilza conta que o gosto pela música sertaneja vem desde o tempo da juventude, pois em sua família o irmão já tocava e cantava este estilo.
E foi por conta desse tipo de música que Nilza conheceu o marido. Agenor é natural de Caçapava e veio para São José dos Campos aos 18 anos, para servir o exército. Todo dia passava pela casa de Nilza e escutava o irmão dela tocando na varanda. Conhecer a futura esposa não foi difícil, assim como tê-la como companheira na música, foi uma questão de tempo.
Gestão
O Museu do Folclore de São José dos Campos é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e sua gestão é realizada pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade – Santana
(12) 3924-7318
29 de março de 2019
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