Sistema de acessibilidade do Museu do Folclore é usado pela primeira vez

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A consultora de áudio-descrição Jéssica Morais, de São José dos Campos, tem deficiência visual e, a convite do Museu do Folclore, conheceu e utilizou, pela primeira vez, o sistema de acessibilidade implantado na exposição permanente. Por ele, pessoas com deficiência (principalmente auditiva e visual) podem conhecer o museu com mais facilidade.

 

Jéssica é uma das 1.082 pessoas que conheceram o Museu do Folclore em abril – 836 do município, 240 de outros estados e cidades da região; e seis do exterior (Argentina, Alemanha, Estados Unidos e Londres). De janeiro a abril deste ano, o museu registrou 2.902 visitas, sendo 24 do exterior.

 

Jessica e a educadora Angélica

“É muito gratificante, como pessoa com deficiência visual, ter o privilégio de ser acolhida da forma que fui. É uma alegria imensa visitar lugares em nossa cidade onde as barreiras de acesso a um conteúdo são minimizadas com os recursos de acessibilidade comunicacional”, escreveu ela na sua rede social.

 

O sistema de acessibilidade possui tablets e fones de ouvido instalados nas salas da exposição permanente, com diferentes vídeos que relatam, em áudio descrição, legendas e Libras, o conteúdo de cada espaço. A inovação amplia o atendimento e a inclusão de pessoas com deficiência.

 

Merecem destaque

 

Durante o mês de abril outras visitas interessantes merecem ser destacadas, como a de Erika Nozawa, que foi uma das assistentes de museologia que trabalhou na montagem da atual exposição permanente do museu, em 2006. Uma foto sua, tirada à época, faz parte da Sala Identidades.

 

Assim como ela, outra visita chamou bastante atenção no mês de abril. Gabriel Machado, 30 anos, foi conferir, pela primeira vez, uma foto do seu pai, Ênio Paulo Machado (ainda criança), que está ao lado de um bilhete na vitrine de ex-votos, na Sala das Religiosidades. O bilhete foi escrito e doado ao museu pela sua avó Olga.

 

“A doença que os médicos não curavam de jeito nenhum. Eu pedi a Santa Perna e com o milagre dela foi curado graças a Deus”, escreveu a avó no bilhete. Santa Perna é um dos santos populares da região e a devoção a ela faz parte da cultura popular local. Além da foto, outros pertences estão expostos nesta vitrine.

 

De outros locais

 

Visitas de pessoas que moram no exterior também voltaram a acontecer em abril, como das amigas Helen Jackson, que mora em São Paulo há um ano, e Amy Murtagh, residente em Londres. Amy veio ao Brasil para visitar Helen e resolveram conhecer São José dos Campos e, consequentemente, o Museu do Folclore.

 

Entre os visitantes de nove estados diferentes, no mês de abril, o casal Maurício Câmara da Silva e Kathia da Silva, turistas de Ceará Mirim (RN), vieram a São José pela primeira vez, na casa de familiares, e ficaram encantados com o museu. Assim como Tania Ribeiro de Souza, 72 anos, mãe da museóloga Clarissa, que já foi voluntária no museu.

 

A maioria destas visitas foi espontânea, mas o museu também recebe grupos, principalmente de escolares. Neste caso, elas precisam ser agendadas antecipadamente, pelos telefones (12) 3924-7354 ou (12) 3924-7318. Em abril, três grupos marcaram presença, com um total de 43 pessoas.

 

 

Gestão

 

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e está instalado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos, com sede em São José dos Campos.

 

As exposições, permanente e temporária, podem ser visitadas de terça a sexta e feriados, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h. A biblioteca Maria Amália Côrrea Giffoni, especializada em cultura popular, pode ser frequentada de segunda a sexta, das 9h às 17h.

 

Museu do Folclore de SJC

Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)

(12) 3924-7354 e (12) 3924-7318

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