Mais de 400 pessoas acompanharam, no último domingo (28), a abertura da exposição temporária “Nos Braços do Violeiro” e a edição especial do Museu Vivo, ocorridas no Museu do Folclore de São José dos Campos. A exposição ficará aberta até o dia 25 de maio para visitação gratuita do público.
A exposição pode ser vista de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h. Contemplada pelo Programa de Ação Cultural Circulação (Proac), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, a mostra seguirá depois para Botucatu, Pardinho, São Luis do Paraitinga e Campinas.
“Estou me sentindo de alma lavada e ansioso para o próximo encontro, no dia 19 de maio, quando realizaremos uma nova roda de conversa e viola”, afirmou o artista visual, educador e violeiro Yuri Garfunkel, um dos idealizadores da exposição.
Interativa
Com curadoria do art advisor e produtor João Carlos Villela, que também é um dos seus idealizadores, a mostra foi montada a partir da obra “A Viola Encarnada: Moda de Viola em Quadrinhos”, um romance gráfico inspirado em mais de 80 canções do repertório caipira, com roteiro e artes de Yuri.
Além do contato com as páginas originais da obra em HQ (história em quadrinhos) e seus esboços, o visitante poderá apreciar violas dos músicos Tião Carreiro e Edu Viola (já falecidos) e até montar sua própria história em um quadro interativo que também faz parte da exposição.
Diálogos
Para a gestora do Museu do Folclore, Camila Inês, “é uma satisfação receber esta exposição e poder oferecê-la ao nosso público”. “Inclusive, porque ela também fará parte da programação do projeto Diálogos sobre Folclore, que realizaremos em maio, com o tema “Vida viola: som e memória, outrora e agora”.
“A abertura da exposição foi um grande encontro de vozes e violas, boas prosas e cantorias, valorizando a presença deste instrumento na nossa cultura e o saber fazer de seus tocadores, relações cheias de histórias”, ressalta Camila.
Patrimônio imaterial
“A exposição é muito interessante e as obras em aquarela são muito sensíveis, além de destacar um tema muito importante para o patrimônio imaterial da região, que é a viola caipira”, destaca a museóloga do Museu do Folclore, Mariana Boujadi.
Para ela, a forma de apresentação da exposição é simples e, ao mesmo tempo, inteligente, quando oferece uma narrativa dos trabalhos expostos, que pode ser acessada por QR Cold, e um quadro interativo imantado.
Museu Vivo especial
“Só mesmo a cultura popular para proporcionar este encontro de velhos amigos”, enfatizou Yuri, que comandou uma roda de viola após a abertura da exposição, com a participação de Lula Fidalgo, Mirian Violera, Fábio Miranda e David Godoi; e outros violeiros que se juntaram ao grupo.
A boa música fez parte de uma edição especial do Museu Vivo, que também reuniu o luthier Getúlio Soares, no artesanato, e a culinarista Solange Cristina Moreira, que fez uma receita de rosquinha. Uma vivência rica em cultura popular.
Gestão
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
Foto maior: Yuri Garfunkel (no microfone) comanda a roda de viola no Museu do Folclore. Autoria: Ricardo Savastano
Museu do Folclore de SJC
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