Museu Vivo valoriza saberes e destaca as mulheres e as tradições

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Além de valorizar saberes e fazeres de detentores da cultura popular, o Museu Vivo deste mês (nos dias 5, 12 e 26) também terá como foco duas datas importantes: o Dia Internacional das Mulheres (8) e o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé (21), instituído por lei federal em janeiro deste ano.

 

O Museu Vivo é um programa mensal realizado pelo Museu do Folclore aos domingos à tarde, sempre das 14h às 17h, reunindo representantes da cultura popular local e regional, nas áreas de artesanato, culinária e música. Nestes encontros, os fazedores compartilham suas sabedorias populares com o público.

 

Violeiras

 

Uma das representações femininas que estará presente no encontro deste domingo é a Roda de Violeiras Andorinhas, formada por mulheres que fazem parte da Folia de Reis Cia. de Reis Esplendor do Oriente. Leonilda Aparecida Ribeiro, 57 anos, é uma das integrantes do grupo.

 

“Eu achava que só homens pudessem participar das Folias de Reis, mas há oito anos conversei com o mestre Jaime, da Cia de Reis Esplendor do Oriente, sobre minha vontade de fazer parte do grupo. E no ano seguinte eu já comecei a participar tocando violão”, disse Leonilda.

 

Leonilda é uma entusiasta da música e tem em sua casa acordeons, cavaquinho, violão, viola, escaleta, ukulele, violino e tem pensado no aprendizado da rabeca.

 

Bordadeiras

 

Outro grupo que marcará presença no Museu Vivo de domingo é o de bordadeiras do bairro Campos de São José (região leste). Elas se reúnem desde 2016 numa roda de bordados que começou como parte das atividades do projeto Ecomuseu dos Campos de São José, desenvolvido pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular).

 

Eliana Eberle Carvalho Sena da Silva, 60 anos, é uma das integrantes e conta que a ideia foi da amiga Agmar, outra participante do grupo. “Ela disse que nós deveríamos passar para outras pessoas os nossos conhecimentos, aqueles que aprendemos com nossos familiares, como o bordado, por exemplo”, enfatizou Eliana.

 

O grupo é informal e não tem um número fixo de participantes. Atualmente, tem oito mais assíduas. Eliana ressalta que, “além de ser um espaço para troca de experiências e conhecimentos de outros saberes, o grupo nos permite um convívio agradável e que faz bem a todas”.

 

Farofa de banana

 

A convidada para a culinária é a joseense Elenice Santos da Costa, que diz gostar muito de cozinhar. “Gosto de tudo que faço. Aprendi a cozinhar e a costurar com a minha mãe. Meu pai trabalhou na antiga Tecelagem Parahyba e também era um ótimo cozinheiro”, destaca Elenice. No domingo, ela compartilhará uma receita de farofa de banana.

 

Gestão

 

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, instalado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão também é feita pelo CECP, organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

Museu do Folclore de SJC

Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)

(12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354

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