Junho é mês de festa junina e para celebrar esta tradicional manifestação da cultura popular, o Museu do Folclore de São José dos Campos programou edições especiais do Museu Vivo, começando por este domingo (2). O encontro, como sempre, acontece das 14h às 17h, na área externa do museu.
As próximas edições do programa serão realizadas nos dias 9, 16, 23 e 30, sempre gratuitas e no mesmo horário. Em cada encontro, novos representantes da cultura popular regional se reunirão para fazer a festa.
Sanfona
E para animar a festa, a música junina será ao som da sanfona da curitibana Sueli Luitz Costa, 71 anos, moradora em São José desde 1982. Sua história com a música começou na infância, quando começou a aprender piano clássico, uma antiga paixão.
Na adolescência, ganhou uma sanfona da sua avó e para não esquecer o que havia aprendido no piano, passou a tocar o instrumento também por partitura, como faz até hoje. Em São José, aprendeu muita coisa com o sanfoneiro Kardec Gonzaga.
Sueli já foi integrante da Orquestra Sanfônica de São Paulo, com quem se apresentou várias vezes na Festa de Quiririm, em Tremembé, no Sesi São José e até na Itália, em 2007. No domingo, ela vai compartilhar com o público clássicos da música junina.
Canjica
Como em toda boa festa junina, não pode faltar uma comida típica e a deste domingo será canjica, feita pelas mãos da baiana Joana Cavalcante Rocha, 57 anos. Ela conta que aprendeu a cozinhar quando era pequena, observando sua mãe e outras pessoas mais velhas.
“Eu ficava olhando como ela (sua mãe) fazia e aos poucos fui aprendendo”, diz Joana, que também ajudava seu pai na roça de macaxeira (mandioca), desde o plantio até a produção da farinha e da tapioca.
Peças em couro
Virgínia Helena Sacilotti Pinheiro, joseense de 42 anos, faz peças em couro e tem uma história interessante. Ela é casada com o filho de uma bordadeira e acabou se interessando pelo artesanato naturalmente. Desde então, se dedica a diversas técnicas e práticas, como a de fazer bolsas e carteiras em couro.
Assim como Joana, Virgínia já participou de outras edições do Museu Vivo e são unânimes em afirmar que a atividade é uma boa oportunidade para mostrarem seus saberes e fazeres. E também para o público, que tem oportunidade de vivenciar uma rica experiência da cultura popular.
Exposição e gestão
Além do Museu Vivo, o público que for ao Museu do Folclore neste domingo também poderá visitar a exposição de longa duração. A entrada é gratuita e pode ser feita no mesmo horário da atividade, das 14h às 17h.
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
- Museu do Folclore de SJC
- Olivo Gomes, 100 – Santana