Museu do Folclore oferece programação de lazer e conhecimento no domingo do feriado

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Para quem vai ficar na cidade neste final de semana esticado, por conta do feriado de 7 de setembro (segunda-feira), o Museu do Folclore de São José dos Campos preparou uma boa programação que une lazer e conhecimento. Quatro novos ‘fazedores’ da cultura popular da região vão mostrar os seus ‘saberes’ em mais uma edição do Projeto Museu Vivo.

A atividade acontece das 14h às 17h no Parque da Cidade, no espaço externo do Museu do Folclore. Neste período a exposição permanente do Museu do Folclore também ficará aberta para visitação.

Dupla de violeiros

A dupla de violeiros Mirai e Tanai

Dois desses ‘fazedores’ são os violeiros Francisco Porfírio de Paula (70 anos) e Angelino de Paula (58), de São José dos Campos. Francisco conhece Angelino há mais de 20 anos e quando se encontram eles formam a dupla Miraí e Tanaí; e apesar de terem o mesmo sobrenome, não são irmãos. Até suas histórias de como aprenderam a tocar são parecidas.

Francisco conta que desde pequeno gosta de música por influência do pai e do avô, que cantavam e tocavam. De tanto observá-los foi aprendendo a tocar. Aos 15 anos, com o dinheiro que ganhava olhando bicicleta e carregando as compras das pessoas no mercado municipal, comprou seu primeiro violão (usado). Ele já tocou em bares e até programas de rádio. Hoje, com ‘cachê’ ou por amizade, toca onde é chamado.

Angelino aprendeu a tocar brincando, com uma viola de taquara feita pelo pai, que era mestre de Folia de Reis e também fazia a dança de São Gonçalo. Naquela época, aos oito anos, ele já acompanhava o pai nas manifestações. Numa das vezes, na Fazenda do Tuta, no bairro Vargem Grande, ganhou da filha do dono uma viola de verdade. Depois disso não parou mais, já tendo se apresentado em programas de rádio de Jacareí, Taubaté, Aparecida e Paraisópolis.

Bolinho de chuva

Elizabeth (Teca) vai mostrar seu saber na culinária

Na culinária, a convidada para o ‘Museu Vivo’ deste domingo é a paulistana Elizabeth de Oliveira Pinto (58), também conhecida como Teca. Ela aprendeu a fazer bolinho de chuva e comida caipira com sua avó paterna, que tinha uma propriedade rural no bairro Buquirinha, em São José dos Campos, onde ela passava todo final de semana.

Até os 45 anos Elizabeth viveu em São Paulo, trabalhando como produtora de eventos, quando seu pai morreu. Depois disso veio morar na propriedade da avó e passou a ter uma vida totalmente ligada à cultura caipira, abandonando sua profissão anterior. Hoje cozinha em fogão de lenha, cria galinhas e cavalos.

Crochê

Rosangela Pedrosa (45) é joseense e aos 14 anos aprendeu a fazer crochê com sua avó, que precisou ter muita paciência para passar seus conhecimentos à neta. Ela conta que por ser canhota teve muita dificuldade para aprender. Hoje Rosangela é quem ensina os outros, sendo voluntária na Unidade Básica de Saúde do bairro Altos de Santana, todas às segundas.

O Projeto Museu Vivo é realizado pelo Museu do Folclore de São José dos Campos e Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), sob coordenação do Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP).

Museu do Folclore: Avenida Olivo Gomes, 100, Parque da Cidade, Santana. Informações: 3924-7318.

 

 

 

 

 

 

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