Para a piauiense da cidade de Campo Maior, Ivonete da Cunha, 55 anos, o bolo de pão de queijo, conhecido no Nordeste como ‘bolo de goma’, lhe traz lembranças do tempo que viveu na roça. “Quando eu sentava para tomar um café coado, não podia faltar um bolo de goma”, lembra ela.
Ivonete participará do Museu Vivo pela primeira vez, neste domingo (25), compartilhando seus saberes sobre esta iguaria. Ela conta que veio para São José aos 18 anos, em busca por uma melhor condição de vida. Aqui, ela teve dois filhos e há 38 anos mora no bairro Altos de Santana.
Realizado pelo Museu do Folclore aos domingos à tarde, das 14h às 17h, o programa Museu Vivo ainda contará com a presença do artesão Alex José Pinheiro, joseense de 59 anos. Ele é filho da também artesã Terezinha Mariano Pinheiro e sempre teve contato com o artesanato.
Aos 14 anos começou a trabalhar com desenho e, desde então, experimentou diversas técnicas com bambu, macramê e couro. Nos últimos tempos tem se dedicado mais a fazer entalhes na madeira, técnica que compartilhará com o público na vivência de domingo.
O terceiro convidado para o encontro é o mineiro Manoel Olímpio Ribeiro, 67 anos, de Andrelândia (na foto maior, o músico da esquerda). “A música está no sangue. Meu avô já tocava bandolim, meu pai violão e meu tio sanfona”, conta ele. Hoje, Manoel toca acordeon, viola e violão.
Manuelito, como é conhecido, aprendeu a tocar sanfona aos 9 anos de idade. O incentivo veio do tio, quando ele foi passar uma temporada na casa dele. O violão ele aprendeu sozinho, observando o pai tocar. Mais tarde, passou a acompanha-lo nos bailes juninos.
Gestão
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
Museu do Folclore de SJC
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