O Museu do Folclore de São José dos Campos realiza nos dias 25, 26 e 27 de julho uma nova edição do encontro Diálogos sobre Folclore, que tem como título ‘Mãos que amparam: Diálogos sobre o Parir e o Partejar’. O evento conta com apoio do Museu da Parteira.
Os encontros serão virtuais e transmitidos pelo Google Meet, sempre das 19h às 20h30. O tema adotado é uma extensão da exposição temporária aberta em maio pelo museu, que tem como foco as histórias das parteiras tradicionais. A mediação será feita pela pesquisadora do Museu do Folclore, Laís Araújo.
As inscrições devem ser feitas pelo link https://bit.ly/DiálogosSobreFolclore e os participantes receberão certificado de participação.
“O universo do gestar, parir e os primeiros cuidados com uma vida nova que chega é coletivo e reforça a identidade de um povo, pois esses momentos estão cercados por costumes, crenças, saberes e fazeres. A proposta dos encontros é falar sobre esse ofício que se baseia no cuidado, a parteira tradicional”, explica Laís.
Programação
1° ENCONTRO: DIA 25 (SEGUNDA)
Da casa para o hospital: a mudança de paradigma no cenário do parto e nascimento no Brasil.
Em que momento houve a transformação do cenário onde ocorrem os nascimentos? A palestrante partilhará elementos de sua pesquisa e experiências que mostram, com maior nitidez, as mudanças sociais que impactaram as formas de parir e nascer.
Em 2012 Bianca LaNu realizou um levantamento etnográfico sobre as parteiras caiçaras de Cananéia, no Vale do Ribeira (SP), resultando na publicação Parteiras Caiçaras: Relatos e retratos sobre parto e nascimento em Cananéia, SP, com apoio do Programa de Ação Cultural.
Palestrante – Bianca Lanu: Cientista Social, Arte-Educadora e Mestranda em Antropologia. Pesquisa sobre Etnobotânica, Povos e Comunidades Tradicionais. Acompanha partos domiciliares.
2° ENCONTRO: DIA 26 (TERÇA)
A Valorização da Parteira Tradicional – O Museu da Parteira e a realização do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) das Parteiras.
As palestrantes discorrerão sobre a criação do Museu da Parteira, um sonho das parteiras tradicionais Dona Zefinha e Dona Prazeres que se tornou realidade.
Elas também abordarão a realização do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) para registro do ofício de parteira como Patrimônio Cultural do Brasil e trarão uma perspectiva nacional acerca deste bem.
Nesse mesmo dia haverá exibição de fotos que compõem o acervo do Museu da Parteira, de autoria do fotógrafo e pesquisador Eduardo Queiroga.
Palestrantes:
Julia Morim: Graduada em Ciências Sociais (UFPE). Mestre em Antropologia (UFPE), especialista em Museus, Identidades e Comunidades (FUNDAJ). Doutoranda em Antropologia no PPGA/UFPE.
Atua nas áreas de antropologia da saúde, audiovisual, patrimônio, memória e museus.
Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Narrativas do Nascer (DAM/UFPE), do Laboratório de Antropologia Visual (LAV/PPGA/UFPE) e do Observatório de Museus e Patrimônios Culturais (OBSERVAMUS/PPGA/UFPE). Integra a equipe que vem desenvolvendo a iniciativa Museu da Parteira, um museu em processo.
Representante da sociedade civil no Comitê Estadual de Estudos de Mortalidade Materna de Pernambuco (CEEMM-PE). Integrante dos coletivos Grupo Curumim e Instituto Nômades.
Elaine Muller: Antropóloga, professora do Departamento de Antropologia e Museologia (DAM/UFPE). Integrante do Museu da Parteira, Coordenadora do Expolab (DAM/UFPE).
Foi uma das coordenadoras da pesquisa Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil, com vistas ao registro do ofício de parteira como patrimônio cultural do Brasil. É mãe de três filhos nascidos com parteiras. Integrante dos coletivos Grupo Curumim e Instituto Nômades.
Maria Fernanda da Silva: Enfermeira obstetra por formação, filha de Zefinha, uma das parteiras que idealizou o Museu da Parteira. Presidente da Associação de Parteira de Caruaru.
3° ENCONTRO: DIA 27 (QUARTA)
Roda de conversa com parteiras e lideranças de alguns estados brasileiros.
Roda de conversa entre parteiras tradicionais do norte e nordeste, partilhando seus saberes, os desafios do ofício e como seguem resistindo para viabilizar sua prática em suas comunidades.
Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
(12) 3924-7318 e (12) 3924-7354