Meliponicultura. O nome é diferente e expressa uma sabedoria bem interessante: a criação de abelhas sem ferrão (ou nativas). Uma atividade diferente da apicultura, que é voltada à criação de abelhas com ferrão (mais conhecidas como “europeias” ou “africanas”).
Neste domingo (2), durante o primeiro Museu Vivo de julho, será possível conhecer um fazedor que lida com estas abelhas, o joseense Reginaldo Silva, 47 anos. “Eu tenho uma relação com as abelhas desde pequeno, graças ao meu pai, que já interagia com elas”, explica.
Reginaldo é um meliponicultor especializado no trato de abelhas nativas brasileiras e compartilhará com o público este saber. Hoje, sua casa é sede de uma instituição de conservação da fauna, flora, biodiversidade, abelhas nativas e polinizadores do estado de São Paulo.
Sequilho
A culinária ficará por conta da paranaense Maria Peres de Siqueira, 74 anos, de Cornélio Procópio, que fará uma receita de sequilho. Ela é a quinta filha de uma família de 11 irmãos. Veio para São José aos 9 anos, depois de ter morado em São Bento do Sapucaí, para onde se mudou com 1 ano e pouco.
Maria Peres sempre trabalhou em casa de família, onde cuidava da alimentação. Ela também foi voluntária numa creche por 3 anos. Teve 3 filhos e é frequentadora assídua da Casa do Idoso, onde mantém bom relacionamento com professores, profissionais e frequentadores.
Costura e crochê
Um oficina de costura. Este foi o resultado da união dos saberes do paulistano Nilton Matias Costa, 58 anos, e da sua esposa, Maria José da Silva Costa, 54 anos. Nilton aprendeu a costurar quando trabalhou numa confecção. “Eu lembrava muito da minha mãe costurando e isto me fez querer aprender”.
Quando pequena, Maria José observava a irmã mais velha aprendendo a fazer crochê. A partir de então, passou a juntar fios de linha e improvisou uma agulha com graveto de árvore. Vendo sua dedicação, seu pai comprou um rolo de barbante e uma agulha para presenteá-la.
Programa e gestão
O programa Museu Vivo visa dar visibilidade a detentores de diferentes saberes da cultura popular da região, como forma de valorizar os seus trabalhos. Ele ocorre aos domingos à tarde de forma gratuita, das 14h às 17h, na área externa do museu.
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo que está situado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
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