Em razão das chuvas que caíram no último domingo (18) na cidade, principalmente no período da tarde, a primeira edição do ano do Projeto Museu Vivo, do Museu do Folclore de São José dos Campos, precisou ser cancelada e reagendada para domingo próximo (25), das 14h às 17h. Os convidados continuam sendo Luís Pereira dos Santos (artesanato), Suzana Alves de Resende (culinária) e Guilherme Palmeiras (música).
O Projeto Museu Vivo é realizado duas vezes por mês na área externa no Museu do Folclore e destaca a sabedoria popular de diferentes personagens da comunidade local e regional, nas áreas de artesanato, culinária e música. O encontro é aberto ao público, que pode circular pelo local acompanhando a demonstração dos ‘sabedores’ e interagindo com eles.
Artesanato
Luís Pereira dos Santos ou Luís da Taboa, como é conhecido, é paranaense e vai mostrar sua sabedoria na utilização da taboa (planta aquática e considerada medicinal na cultura popular) para a confecção de cadeiras, mesas, forro de casas e outros objetos. Sua história também pode ser conferida no 22º volume da Coleção Cadernos de Folclore (‘O Saber e o Fazer no Museu do Folclore’).
Luís faz estes objetos de forma artística há 15 anos, por influência do pai e de um amigo (já falecido). “Sempre trabalhei na área industrial, mas nunca deixei de fazer os objetos. As pessoas gostam e por estar desempregado, sobrevivo da venda deles atualmente”, conta. Ele vê na filha Maria a continuidade de uma tradição que começou com seu avô e passou para o seu pai. “Ela aprendeu a fazer aos 3 anos de idade e hoje, com 15, já me ajuda”.
Culinária
A mineira Suzana Alves de Resende mora em Paraibuna e no ‘Museu Vivo’ vai mostrar o seu saber fazendo panqueca, salgada e doce. “Foi na fazenda onde nasci e morei até os 9 anos que aprendi, com minhas tias e avós, a ‘ciência da cozinha’. Eu brincava de ‘casinha’ de verdade”, diz Suzana. Ela também sabe fazer sequilhos, sucos naturais de frutas de época, doces e outros pratos.
Música
Guilherme Palmeiras é paulistano, músico e instrumentista, toca cavaquinho (instrumento com o qual estudou música na adolescência), violão, pandeiro e surdo. Ele conta que o gosto pela música é de família, onde muitos tocam algum instrumento. Aos 37 anos saiu de São Paulo e veio morar em São José dos Campos, onde começou a tocar com seu tio, na banda ‘Forró do Reizinho’.
O repertório de Guilherme é eclético dentro da cultura popular, conhece calango, xote, baião, arrasta pé e outros gêneros, além de gostar muito de sambas e chorinhos. Atualmente, Guilherme toca apenas com a família e amigos, com quem se apresentará domingo no ‘Museu Vivo’.
O Museu do Folclore é uma unidade da Fundação Cultural que funciona sob gestão do Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), organização social sem fins lucrativos.
Museu do Folclore de SJC
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