‘Museu Vivo’ de domingo tem casal violeiro, doce de abóbora, crochê e bordado

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Uma característica comum entre os quatro participantes do projeto Museu Vivo deste domingo (24), no Museu do Folclore de São José dos Campos, é o apreço que todos têm pela sua sabedoria popular e a satisfação com que falam sobre ela. O público pode acompanhar de perto toda a movimentação desses fazedores, no lado externo do museu, entre 14h e 17h. A atividade é gratuita. É só chegar, apreciar e participar.

 

A música entrou na vida de Geraldina dos Santos, 67 anos, por acaso; mas o gosto pela viola também ajudou. Natural de Sapucaí Mirim (MG) e casada com Erli Gomes da Silva há 14 anos, sempre acompanhou o marido violeiro em suas andanças. Mal sabia ela que também passaria a ser sua parceira na música.

 

“O cantor que fazia dupla com meu marido faleceu e eu precisei assumir o lugar dele”, conta Geraldina. O que começou como brincadeira virou coisa séria e hoje ela também é apaixonada por música sertaneja. “Somos bastante requisitados e as pessoas gostam de nos ouvir. Afinal quem canta os males espanta”, brinca Geraldina.

 

O marido, Erli Gomes da Silva, 63 anos, mineiro de Lima Duarte, conta que gosta de música desde criança. Quando jovem, começou a acompanhar o pessoal do sertanejo e acabou se envolvendo. Nunca frequentou uma escola de música, sempre aprendeu ouvindo as pessoas tocando.

 

Doce de abóbora

 

Dona Mendes vai fazer doce de abóbora

“Gosto muito de cozinhar para os outros e acho gratificante ver a reação das pessoas com as minhas receitas”, diz a mineira Maria Mendes, de Água Branca, 63 anos, moradora no Parque Novo Horizonte. Dona Mendes, como é conhecida, é uma das convidadas do museu e vai demonstrar seu saber culinário ao fazer doce de abóbora.

 

Dona Mendes conta que tudo o que sabe fazer nesta área aprendeu com sua mãe e sua avó. “Elas cozinhavam muito e em grande quantidade para as festas regionais e eu estava sempre por perto, observando e depois fazendo”.

 

Entre um ponto e outro

 

Ana Canuto entre os seus muitos trabalhos

Ana Rodrigues da Silva Canuto, piauiense de Piripiri, não vê limites para sua criatividade. Faz roupas de boneca, tops, blusas de frio, tapetes, pesos de porta, chaveiros e tudo o mais que a linha e sua agulha permitem. Aprendeu o crochê e o tricô ‘no olho’ e hoje é uma artesã de ‘mão cheia’. “Desde pequena levou jeito para trabalhos manuais”, diz ela.

 

Moradora no bairro Campos de São José (região leste), Ana Canuto faz artesanato por satisfação pessoal e para ter alguma renda com os produtos que vende. Apesar de ser focada e concentrada naquilo que faz, entre um ponto e outro das suas peças, tem muitas ideias. No domingo ela vai mostrar um pouco desse trabalho que faz com tanta dedicação.

 

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo que funciona de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h. Sua gestão é feita pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), organização da sociedade civil sem fins lucrativos, com sede em São José dos Campos.

 

Museu do Folclore de SJC

Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade – Santana

(12) 3924-7318

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