Museu do Folclore discute a relação entre saberes tradicionais e científicos

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‘Saberes tradicionais e saberes científicos: pontos de aproximação e conflito’, este é o tema do ciclo de palestras e uma mesa redonda que o Museu do Folclore de São José dos Campos realizará nos meses de maio (dias 16 e 30), junho (dias 12 e 27) e julho (dias 11 e 25), com a participação de diferentes pesquisadores e estudiosos. Os encontros são gratuitos e integram o projeto Dialogando com o Folclore.

 

As atividades serão concentradas no auditório do Museu Municipal de São José dos Campos (região central) e da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (região norte), sempre a partir das 19h30. Os interessados poderão se inscrever pelo site do Museu do Folclore, em formulário específico, a partir do dia 2 de maio. As vagas são limitadas.

 

“O projeto Dialogando com o Folclore propõe uma reflexão e diálogo sobre temas importantes ligados ao estudo dos saberes populares. Neste ano, o objetivo é mostrar a relação entre a cultura popular, a ciência e a tecnologia, por meio de várias narrativas envolvendo experiências de trabalho com saberes tradicionais”, ressalta a gestora do museu, Francine Maia.

 

As palestras e a mesa redonda também integrarão a programação da 17ª Semana de Museus, realizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em comemoração ao Dia Internacional de Museus (18 de maio), de 13 a 19 de maio. A edição deste ano tem como tema ‘Museu como Núcleos Culturais: O Futuro das Tradições’ e envolve 1.114 instituições de cultura em todo o Brasil.

 

Palestrantes

 

Os palestrantes confirmados para os encontros deste ano são: Antonio Donato Nobre (16/5), Maria Aparecida Fonseca Ribeiro, Otávio Fonseca, Alexandre Marques, Maria Siqueira Santos e Fábio Bueno (mesa redonda, 30/5), John B. Kleba (12/6), Germano B. Afonso (27/6), Carlos Rodrigues Brandão (11/7) e Maria Cândida Moraes (25/7).

 

Na primeira palestra, o pesquisador Antonio Donato Nobre falará sobre ‘Fusão de Saberes, uma oportunidade de união para sobrevivência da humanidade’. Nobre defende que, mais do que nunca, é preciso contemplar os modos alternativos de existência em harmonia com as leis da natureza.

 

“E ninguém conhece melhor as leis da natureza do que os povos indígenas que ainda mantém e cultivam seu saber milenar. Hoje, a chamada ‘ciência do branco’ permite comprovar ‘cientificamente’ a superioridade holística do saber nativo”, enfatiza o pesquisador.

 

A palestra fará uma comparação ilustrada desses dois saberes, esclarecendo porque a sociedade deve honrar e preservar os povos indígenas (que ele chama de povos originários), “não somente por seu valor intrínseco, mas por ela própria depender de se reabilitar neste saber para sua própria sobrevivência”, conclui Nobre.

 

Perfil

 

Antonio Nobre é graduado em Agronomia pela Universidade de São Paulo (1982), tem mestrado em Biologia Tropical (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1989) e é PhD em Earth System Sciences (Biogeochemistry) pela University of New Hampshire (1994).

 

Atualmente, é pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e pesquisador visitante no Centro de Ciência do Sistema Terrestre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, onde lidera o grupo de modelagem de terrenos.

 

Gestão

 

O Museu do Folclore foi criado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo em 1987 e sua gestão é feita pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), organização social sem fins lucrativos, com sede em São José dos Campos.

 

Museu Municipal de SJC (local das palestras)

Praça Afonso Pena, 29 – Centro

(12) 3921-7587

 

Museu do Folclore de SJC

Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade – Santana

(12) 3924-7318

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