Domingo tem artesanato de bambu, bolo de banana e cantoria no Museu Vivo

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Todo o conhecimento que Marco Antonio da Costa Orokzala, 49 anos, tem sobre artesanato em bambu, principalmente tambores feitos com esta matéria-prima, foi transmitido a ele pelo seu pai e pelo mestre Didi, da Bahia. Conhecimento que ele também passou a compartilhar com seus filhos. “Além de construir tambores e outros instrumentos, meu pai também tocava violão e viola. A música entrou na minha vida quando eu ainda estava na barriga da minha mãe”, brinca Orokzala, natural de Campinas.

 

“Eu aprendi no dia-a-dia, sempre ouvindo o que meu pai falava. Fui aprendendo sobre os tipos de bambu, tipos de madeira, que timbre que dá cada instrumento, tambor”, diz Orokzala. “O tambor tem vida própria, ele abre os portais para que as coisas aconteçam, faz a ligação com o plano espiritual. É muito importante aprender os fundamentos e tocar com cuidado e respeito”, ressalta.

 

Orokzala representa as tradições de matrizes africanas por herança familiar e por decorrência de sua trajetória particular, trabalhando há mais de três décadas com construções artesanais de instrumentos de percussão, capoeira angola, toques e ritmos brasileiros e tradicionais afro-brasileiros.

 

Marco Antonio é um dos três representantes da cultura popular regional, convidados pelo Museu do Folclore para participar do Museu Vivo deste domingo (31). A atividade acontece no lado externo do museu, entre 14h e 17h, de maneira bem informal, possibilitando que o público fique próximo dos fazedores, vivenciando cada momento da manifestação popular.   

 

Bolo de banana

 

Na culinária, a joseense Andrea Aparecida Martins dos Santos, 45 anos, volta a participar do programa depois de muito tempo, desta vez para mostrar seu saber no preparo de um bolo de banana. Mestre festeira da Festa do Divino no bairro dos Freitas, na região norte da cidade, Andrea tem muito conhecimento sobre a culinária popular.

 

Ela conta que aprendeu a fazer o bolo de banana com a avó materna, Geralda Caxias. “O meu avô, Benedito Pereira, já comemorava a Festa do Divino e minha avó fazia o bolo para. Hoje, eu é que faço a festa e o bolo se tornou uma tradição”. Esta Festa do Divino, foi documentada pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), por meio do Projeto Congado Paulista.

 

Um trio musical

 

O mineiro Ibrahim Ribeiro, 66 anos, 40 deles morando sem São José dos Campos, canta desde criança. Segundo ele, porque ouvia muito rádio. Na fábrica, encontrou amigos que também gostam de cantar, principalmente músicas sertanejas. Ao lado de Jorge e João Piedade nas violas e José no violão, ele canta em festas de amigos e aniversários nos finais de semana.

 

Neste final de semana, em especial, participará do Museu Vivo e, além de cantar, também vai tocar, juntamente com o casal Agenor e Nilza Lessa, que marcaram presença na atividade semana passada. “O encontro deu tão certo que resolvemos nos encontrar novamente. Além do prazer de cantar e tocar, também estamos repassando o nosso saber para outras pessoas”, atestou Ibrahim.  

 

Gestão

 

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que mantém um termo de colaboração com o Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), organização da sociedade civil sem fins lucrativos. A instituição é responsável pela gestão do Museu do Folclore, que também estará aberto para visitação no domingo, no mesmo horário do Museu Vivo.

 

Museu do Folclore de SJC

Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade – Santana

(12) 3924-7318 

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