Museu do Folclore realiza domingo (30) nova programação do ‘Museu Vivo’

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As atividades do mês de agosto no Museu do Folclore de São José dos Campos terão neste domingo (30) mais uma edição do Projeto Museu Vivo. Estão na programação Silvio de Paula Siqueira (60 anos), Matheus Felipe Batalha dos Santos (16 anos) e Maria Suzete da Silva (65 anos). Eles foram convidados para demonstrar seus ‘saberes’ na música, no artesanato e na culinária, respectivamente.

O encontro é aberto ao público e acontece na área externa do museu entre 14h e 17h. No mesmo período a exposição permanente do Museu do Folclore estará aberta para visitação.

Música

O violeiro Silvio de Paula Siqueira

O violeiro Silvio de Paula, nascido em Igaratá, toca para amigos e em pequenas apresentações musicais. Conta que o gosto pela viola é da época que ele tinha cinco anos, quando seu pai resolveu vender o sítio onde a família morava, para comprar um circo. “Meus sete irmãos mais velhos eram, ao mesmo tempo, malabaristas, palhaços e violeiros durante os espetáculos do circo”.

Na época era costume duplas sertanejas se apresentarem em circos. “Muitas duplas conhecidas como Cascatinha e Inhana, Milionário e Zé Rico (que se chamavam Tito e Tota) passaram pelo circo do meu pai. Jacó e Jacozinho começaram lá”. O circo, que tinha o nome de Paraguaté, acabou falindo e a família teve que voltar para a roça na periferia de São Paulo.

Silvio lembra que sua primeira viola ele achou no lixo e até tentou tocar sozinho, mas só aprendeu mesmo observando seus irmãos. Hoje, Silvio tem suas próprias composições. Ele também faz artesanato em madeira e couro de objetos relacionados à vida na roça, como carros de boi, carroças, machados, selas e outros; além de trabalhar como zelador em um prédio na cidade.

 

 

Artesanato

Matheus Felipe

Matheus Felipe nasceu em Caçapava e desde pequeno admirava o trabalho artesanal da avó, Dona Rosa. Aos 11 anos aprendeu com ela como retirar o barro na beira do Rio Paraíba, como faz ainda hoje. Muito religioso, Matheus se interessa por tudo que é relacionado ao catolicismo popular e ajuda na decoração de festas e eventos católicos em sua cidade.

Hoje, apesar dos seus 16 anos, Matheus já ensina primos e amigos a moldar e pintar as peças. Para queimá-las ele faz uma fogueira e as espalha no fogo da mesma maneira que sua avó Rosa ensinou.

 

 

 

 

 

Culinária

Maria Suzete

A canjiquinha de frango que a mineira Maria Suzete, nascida em Pouso Alegre, vai fazer durante sua participação no ‘Museu Vivo’ deste domingo, ela aprendeu com sua mãe e sua avó, com quem passava a maior parte do tempo, ajudando a descascar mandioca, ‘bater’ arroz, secar café, montar peneira e preparar biscoitos.

“Naquela época eram praticamente autossuficientes, não compravam quase nada da cidade, apenas sal, açúcar branco, farinha de trigo e querosene. No fim de semana elas também faziam várias fornadas de biscoitos e broas em fornalhas de barro. Eram as ‘quitandas’, que tinham que durar a semana toda”, conta Maria Suzete.

O Projeto Museu Vivo é realizado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) sob coordenação do Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), associação social sem fins lucrativos responsável pela gestão do Museu do Folclore de São José dos Campos.

Museu do Folclore: Avenida Olivo Gomes, 100, Parque da Cidade, Santana. Informações: 3924-7318.

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